terça-feira, 9 de março de 2021

Fusão Nuclear

 A China inaugurou seu maior reator nuclear de fusão na cidade de Chengdu, em dezembro de 2020. O sol artificial foi ativado com êxito e pode atingir temperaturas dez vezes superiores que a estrela de nosso sistema solar. Os asiáticos buscam desenvolver o processo de fusão para gerar energia limpa.

O equipamento, chamado de HL-2M Tokamak pode gerar 150 milhões de graus célsius, três vezes mais calor que o protótipo anterior, o HL-2 A.

A pesquisa sobre o processo de fusão necessita de se gerar tamanho calor, para reproduzir a forma como o sol produz energia, utilizando hidrogênio e gases deutério como forma de alimentar o processo.

O reator chinês utiliza um campo magnético para fundir o plasma a mais de 150 milhões de graus Célsius. O sol por exemplo faz sua fusão nuclear a 15 milhões de graus.

O processo de fusão é oposto ao processo de fissão, amplamente utilizado em usinas atômicas e armas nucleares. A fissão divide o núcleo do átomo em fragmentos para assim liberar energia. Já a fusão une os átomos.

A fusão nuclear não cria lixo radioativo e tem menos risco de se ter acidentes ou roubo de material nuclear. No entanto é um processo muito caro, além de ser mais difícil de se fazer do que a fissão nuclear.

O projeto chinês começou em 2006 com a criação de reatores menores de fusão nuclear. Os asiáticos irão aproveitar o seu estudo e colaborar com o governo francês, que está criando o maio projeto de pesquisa de fusão nuclear do mundo (International Thermonuclear Experimental Reactor) e que será inaugurado em 2025.

O processo que cria energia através da fusão de átomos é considerado o pote de ouro da energia limpa. Ele não emite gases de efeito estufa e tem potencial de produção energética inesgotável.

Os cientistas estão tentando aperfeiçoar a fusão há décadas, pois o método atual é extremamente caro. A China deu um importante passo para o desenvolvimento da fusão nuclear.

O equipamento chamado pelos chineses de Tokamak foi desenvolvido para se aproveitar da energia que é liberada na fusão nuclear. Ele funciona como uma câmara à vácuo com a forma de um anel onde o gás, depois de ser esquentado por calor e pressão, se transforma em plasma, começando a fusão.

De acordo com a companhia Nacional Nuclear da China (CNNC) é um importante equipamento de apoio para alavancar o avanço da energia de fusão nuclear da China.

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