A China inaugurou seu maior reator nuclear de fusão na cidade de Chengdu, em dezembro de 2020. O sol artificial foi ativado com êxito e pode atingir temperaturas dez vezes superiores que a estrela de nosso sistema solar. Os asiáticos buscam desenvolver o processo de fusão para gerar energia limpa.
O equipamento, chamado de HL-2M Tokamak pode gerar 150 milhões de graus célsius, três vezes mais calor que o protótipo anterior, o HL-2 A.A pesquisa sobre o processo de fusão necessita de se
gerar tamanho calor, para reproduzir a forma como o sol produz energia, utilizando
hidrogênio e gases deutério como forma de alimentar o processo.
O reator chinês utiliza um campo magnético para fundir
o plasma a mais de 150 milhões de graus Célsius. O sol por exemplo faz sua
fusão nuclear a 15 milhões de graus.
O processo de fusão é oposto ao processo de fissão,
amplamente utilizado em usinas atômicas e armas nucleares. A fissão divide o
núcleo do átomo em fragmentos para assim liberar energia. Já a fusão une os átomos.
A fusão nuclear não cria lixo radioativo e tem menos
risco de se ter acidentes ou roubo de material nuclear. No entanto é um
processo muito caro, além de ser mais difícil de se fazer do que a fissão nuclear.
O projeto chinês começou em 2006 com a criação de
reatores menores de fusão nuclear. Os asiáticos irão aproveitar o seu estudo e colaborar
com o governo francês, que está criando o maio projeto de pesquisa de fusão
nuclear do mundo (International Thermonuclear Experimental Reactor) e que será
inaugurado em 2025.
O processo que cria energia através da fusão de átomos
é considerado o pote de ouro da energia limpa. Ele não emite gases de efeito
estufa e tem potencial de produção energética inesgotável.
Os cientistas estão tentando aperfeiçoar a fusão há
décadas, pois o método atual é extremamente caro. A China deu um importante
passo para o desenvolvimento da fusão nuclear.
O equipamento chamado pelos chineses de Tokamak foi
desenvolvido para se aproveitar da energia que é liberada na fusão nuclear. Ele
funciona como uma câmara à vácuo com a forma de um anel onde o gás, depois de
ser esquentado por calor e pressão, se transforma em plasma, começando a fusão.
De acordo com a companhia Nacional Nuclear da China
(CNNC) é um importante equipamento de apoio para alavancar o avanço da energia
de fusão nuclear da China.