terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Economia – O PIB e o Virus

 O primeiro caso do Novo Corona Virus, Covid-19, foi identificado em Wuham, na China no dia 31 de dezembro de 2019. Hoje, um ano depois, o virus está espalhado pelo mundo causando até agora a contaminação de mais de 80 milhões de pessoas e um milhão e oitocentas mil mortes. A Terra parou durante a quarentena. Milhares de lojas fecharam as portas, o comércio fechou, apenas serviços essenciais foram mantidos como hospitais, bancos, padarias e supermercados. Durante os primeiros meses da pandemia, quando a quarentena foi institucionalizada, viu-se uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, a recessão atingiu todo o globo. Apenas a China escapou da recessão.

O Brasil não escapou da crise. No primeiro trimestre de 2020, o país teve uma queda de 2,5 no PIB e uma queda de 9,7% entre os meses de abril e julho. Empresários se viram impedidos de continuar seus negócios, milhares de pessoas perderam seus empregos formais. Os serviços ditos informais foram paralisados. A taxa de desemprego ficou em 14%.

A indústria foi a que teve a maior queda em seu crescimento durante a pandemia. Houve uma redução de 26% em seus negócios no primeiro semestre do ano de acordo com o IBGE. As empresas tiveram que dar férias a seus funcionários e muitas também demitiram. O setor automotivo foi um dos muitos que cessaram as suas atividades no primeiro semestre de 2020.

O setor de serviços também foi impactado pela quarentena. Nos três primeiros meses do ano, apresentou uma queda de 9,7%. O isolamento social atingiu em cheio este setor. As pessoas simplesmente pararam de consumir e muitas empresas foram proibidas de exercer as suas funções. O fechamento do comércio e o medo de sair de casa foram um dos motivos da queda.

Com o afrouxamento das regras de isolamento social da pandemia, aconteceu uma luz no fim do túnel para a economia brasileira e mundial. O PIB no segundo semestre de 2020 voltou a subir. Segundo o IBGE, no terceiro trimestre do ano, houve um aumento de 7,7% no PIB do país. A reabertura das cidades e a diminuição dos números de casos de covid foram a razão desse crescimento. A indústria teve uma alta expressiva de 14,8%.

O mercado de delivery foi um dos setores que mais se desenvolveu durante o ano. Várias empresas que antes da pandemia atendiam seus clientes em seus estabelecimentos, tiveram que se adaptar e a entregar seus produtos nas casas dos clientes. Com as pessoas em quarentena, as compras pela internet também tiveram um alto crescimento. O faturamento em lojas online cresceu 47% no primeiro semestre de 2020. Isso enquanto que a indústria e os outros setores apresentaram queda em suas atividades econômicas. Foi a maior alta do setor em 20 anos, com mais de 38 bilhões de reais em vendas online.

A recuperação econômica do segundo semestre de 2020 se deve muito ao fato de que houve uma reabertura das cidades que antes estavam em quarentena, além dos impulsos fiscais dados pelo governo e o auxilio emergencial que injetou mais de 250 bilhões de reais na economia. No quarto semestre do ano, a atividade econômica já sentiu uma perda em relação ao terceiro trimestre. O desemprego segue elevado e há o fim dos estímulos do governo.

2021 segue sendo o ano da vacina contra a Covid e a recuperação econômica em todo o mundo. Segundo Vitor Vidal, economista da XP Investimentos, o crescimento econômico vai depender da recuperação do mercado de trabalho. Para ele o auxílio emergencial não vai durar para sempre. O Brasil necessita de ter seus empresários confiantes novamente para empregar e as pessoas terem confiança novamente para consumir.

O país, na tentativa de realizar uma recuperação econômica, busca investimentos e necessita por exemplo, que o governo estabilize a dívida pública nos próximos anos. Mas isso depende de vários fatores, a dívida cresceu de 75% em 2019 para 93% no final de 2020. Isso devido à deterioração fiscal durante a pandemia. A economia precisa de uma ação do governo nesse sentido.

Esperamos uma solução para este ano que chega. Depois da vacinação em massa, que deverá se dar até o meio do ano, as pessoas voltarão a se comportar normalmente, e com a volta das aglomerações, estimularão ainda mais setor de serviços. O mercado urge por uma solução econômica e que o país volte a se reerguer.

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